Coronavírus. Pyongyang exige medidas mais duras

A Coreia do Norte apelou a medidas mais duras no combate à pandemia do novo coronavírus, numa reunião presidida pelo líder do país, Kim Jong Un, anunciou a agência noticiosa estatal norte-coreana.

A pandemia, que afecta mais de 1,7 milhões de pessoas em todo o mundo, transformou-se “num grande desastre que ameaça toda a humanidade, independentemente das fronteiras”, afirma a agência norte-coreana KCNA, sem indicar se o país já registou algum caso de infecção.

“Esse ambiente pode criar obstáculos à nossa luta e ao nosso progresso”, admite a agência, garantindo que Pyongyang tem mantido “uma situação anti-epidémica muito estável”.

O gabinete político do comité central reuniu no sábado, tendo as autoridades pedido uma auditoria rigorosa e completa a uma eventual entrada do novo coronavírus no país.

A Coreia do Norte, já muito isolada antes da pandemia, fechou rapidamente as suas fronteiras após o anúncio do surto na vizinha China e impôs medidas estritas de prevenção.

Apesar de não ter anunciado o registo de qualquer caso de covid-19 no país, especialistas externos questionam a veracidade dessa informação.

Como parte dos esforços de combate à pandemia, Pyongyang colocou milhares de cidadãos e centenas de estrangeiros, incluindo diplomatas, em isolamento e criou centros de desinfecção.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já provocou mais de 107 mil mortos e infectou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infecção, quase 345 mil são considerados curados.

Depois de surgir na República Popular da China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de mortes, contabilizando 20.071 até este domingo. São também o país que tem mais infectados, com perto de 520 mil casos confirmados.

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