MIF. Empresários lusófonos “de olho” no mercado asiático

O objectivo comum da maior parte dos expositores presentes na Feira Internacional de Macau é a entrada no mercado asiático. A 23ª edição da MIF foi esta quinta-feira inaugurada e conta com a presença de mais de duas centenas e meia de expositores oriundos dos países lusófonos.

Centenas de entidades dos países lusófonos estão reunidas em Macau no maior evento de promoção do comércio e investimento do território, com o objectivo comum de entrar no “gigante mercado asiático”, disseram à agência Lusa alguns dos expositores.
“Este evento é uma porta de entrada para um mercado gigante”, disse à agência Lusa o responsável pelas exportações da empresa portuguesa Valedeal no primeiro dia da 23.ª Feira Internacional de Macau (MIF), que arrancou esta quinta-feira com a participação de mais de 50 países e regiões, com um espaço alargado dedicado aos produtos e serviços dos países de língua portuguesa, a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX).
Esta é a primeira vez que a empresa de produtos alimentares participa neste evento. O responsável encara esta experiência como um teste aos seus produtos para “um público diferente” e afirmou ter “boas expectativas em conseguir um distribuidor chinês”, de forma a garantir escala.
A empresa moçambicana DASL, também estreante na Feira Internacional de Macau, tem como objetivo a divulgação dos produtos alimentares típicos do país, como a Mulina e o Gergelim: “Os produtos têm sido muito bem recebidos aqui na feira, que é uma grande oportunidade para [os] mostrar (…) e conseguirmos vendê-los para a China”, afirmou a administradora da DASL, Dulce Songane.
O Brasil está também representado por muitas empresas, uma delas, a Ritti, traçou uma meta para a participação na feira, divulgar o fruto açaí: “Estamos a introduzir um produto novo, que é o açaí, que os chineses não conhecem”, contou à agência Lusa o responsável da empresa, Freddy Ritchie.
O elevado preço do produto em comparação com os sumos que se vendem na China tem sido um obstáculo, mas Freddy Ritchie acredita só o facto de os chineses ficarem a conhecer o fruto já é uma mais- valia, sendo que a barreira do preço, com o tempo, será quebrada.
A Casa Angola Internacional, uma empresa com capital português, que participa na Feira Internacional de Macau desde 2003, prefere continuar a sua aposta em Macau, porque ainda existe muito mercado a explorar, disse à Lusa o administrador da Casa Angola Internacional, Rui Pedro Moreira: “Este ano, o nosso grande enfoque é nos enchidos tradicionais portugueses”, explicou o responsável, afirmando que o produto está a ter “uma tremenda aceitação”.
A MIF decorre em Macau até sábado e, este ano, tem como parceiros Moçambique e a província chinesa de Fujian. Mais de 50 países e regiões estão representadas na MIF a nível institucional e corporativo. No espaço da PLPEX, com 6.000 metros quadrados, mais de 250 expositores lusófonos marcam presença para divulgação dos seus produtos com a tónica no mercado asiático.

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