Lulas na Estação Espacial Internacional para experiências científicas

Fotografia: Shannon Vandenheuvel/Unsplash

Um foguetão da empresa norte-americana SpaceX transportou até à Estação Espacial Internacional (ISS) esta quinta-feira tudo o que é necessário para conduzir uma série de experiência científicos, incluindo hóspedes surpreendentes: lulas.

A nave, cujos serviços foram contratados pela NASA, foi lançada da Flórida e a cápsula Dragon vai desacoplar-se do foguetão Falcon 9 aproximadamente 12 minutos depois da descolagem.

No sábado, o módulo deve acoplar na ISS. No seu interior viajam espécimes jovens de uma espécie de lula – a Euprymna scolopes –  que servirão para estudar o efeito da gravidade zero nas interações entre as bactérias e os seus hospedeiros.

A bordo da ISS, algumas lulas serão expostas a bactérias. As outras permanecerão intactas. Após 12 horas, todas serão congeladas até regressarem à Terra, onde serão estudadas: “Os animais, incluindo os humanos, dependem de micróbios para manter os seus sistemas digestivo e imunológico saudáveis”, disse Jamie Foster, principal autor do experiência, citado num comunicado. “Ainda não entendemos totalmente como o voo espacial altera as interacções”.

A experiência pode ajudar no futuro a desenvolver técnicas para proteger a saúde dos astronautas que participam em missões a longo prazo no espaço.

Também a bordo do foguete SpaceX estão os tardígrados, também conhecidos como ursos d’água, organismos microscópicos conhecidos pela sua resistência. Os cientistas querem estudar como é que se animais se adaptam no espaço.

Além disso, levam também um algodão, um ultrassom portátil. No total, a missão de reabastecimento carrega mais de 3.000 quilogramas de carga científica

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