Vacinas reduzem risco de hospitalizações, indica estudo escocês

Fotografia: Glen Carrie/Unsplash

A campanha de vacinação promovida pelas autoridades escocesas parece estar a reduzir acentuadamente o risco de hospitalizações por Covid-19, o que leva a crer que as vacinas Pfizer-BioNtech e Oxford-AstraZeneca são altamente eficazes na prevenção de infecções graves, mostraram as conclusões preliminares de um estudo divulgado esta segunda-feira.

Os resultados do estudo, que cobriu toda a população escocesa de 5,4 milhões de habitantes, mostraram que, quatro semanas após a dose inicial, viu-se que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca diminuíram o risco de hospitalizações em até 85 por cento e 94 por cento, respectivamente.

“Estes resultados são muito animadores e deram-nos muitas razões para ser optimistas em relação ao futuro”, disse Aziz Sheikh, professor do Instituto Usher da Universidade de Edimburgo, que co-liderou o estudo.

Numa conferência de imprensa, Sheikh alertou que os resultados são dados preliminares, ainda a serem analisados por cientistas independentes: “Estou muito esperançoso. Agora temos indícios nacionais… de que a vacinação oferece protecção contra hospitalizações por Covid-19”.

O responsável acredita que países que usam as mesmas vacinas e uma estratégia semelhante – como Inglaterra e País de Gales, por exemplo – verão um resultado positivo parecido na redução do número de pessoas que são hospitalizadas com Covid-19.

Os dados do efeito das vacinas na Escócia foram recolhidos entre 8 de Dezembro e 15 de Fevereiro. Os investigadores disseram que, durante este período, 1,14 milhão de vacinas foram administradas e que 21 por cento da população escocesa recebeu uma primeira dose.

Entre as pessoas de 80 e mais anos, um dos grupos mais vulneráveis à Covid-19, a vacinação foi associada a uma redução de 81 por cento no risco de hospitalizações na quarta semana quando os resultados das duas vacinas foram combinados.

Jim McMenamin, director de incidentes de Covid-19 da rede pública de saúde do país, disse que as conclusões são particularmente importantes “ao passarmos da expectativa para os indícios firmes de benefícios das vacinas”.

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