O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) anunciou esta segunda-feira que o evento de apoio à imposição de uma nova lei da segurança nacional em Hong Kong vai ser investigado pelo Ministério Público, depois de ter sido considerado como um eventual acto de reunião ilegal.
A Associação de Apoio para o Progresso da Juventude fretou a 5 de Junho um autocarro turístico e percorreu algumas das principais artérias da cidade, numa iniciativa de apoio à imposição, por parte do Governo Central, da lei da segurança do estado na vizinha Região Administrativa de Hong Kong.
A actividade mobilizou cerca de quatro dezenas de pessoas, que se concentraram junto à Torre de Macau, ao Centro de Ciência e na zona do bairro do Iao Hon com cartazes de apoio à decisão do Executivo de Pequim.
Esta tarde, na conferência de imprensa de acompanhamento do panorama da Covid-19 em Macau, o porta-voz do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Ma Chio Heng, adiantou que a PSP chegou à conclusão que a actividade pode constituir uma infracção à lei que regula as reuniões e as assembleias públicas, uma vez que a Corporação não foi notificada com antecedência sobre a organização do evento.
A iniciativa está envolva em polémica, com a Polícia de Segurança Pública a ser acusada de responder com dois pesos e duas medidas a situações similares. Na noite anterior, as filhas do deputado Au Kam San foram detidas e conduzidas à esquadra, sob suspeita de terem realizado uma reunião ilegal de homenagem às vítimas de Tiananmen. As jovens, que estão a ser investigadas pelo Ministério Público, enfrentam acusações de desobediência pública, depois da vigília tradicionalmente dinamizada pelo pai ter sido proibida por questões de saúde pública.
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