O presidente do Comité Organizador das Olimpíada Tóquio-2020, Yoshiro Mori, deverá renunciar por causa de um comentário sexista que causou revolta, disseram duas fontes nesta quinta-feira. O ex-primeiro-ministro do país disse que não pode permitir que a polémica se arraste.
A renúncia de Mori certamente deverá gerar novas dúvidas sobre a viabilidade de realizar os Jogos, adiados por um ano por causa da pandemia de Covid-19.
As fontes, que estão a par do assunto, disseram que Mori será substituído por Saburo Kawabuchi, ex-presidente da Associação Japonesa de Futebol e responsável pela Aldeia Olímpica.
Kawabuchi, de 84 anos, representou o futebol do Japão nas Olimpíadas de Tóquio de 1964 e ajudou o país a sediar o Campeonato do Mundo de 2002 com a Coreia do Sul.
Mori fez o comentário sexista de que as mulheres falam demais durante uma reunião do Comité Olímpico Japonês no início do mês, desencadeando uma tempestade de críticas em casa e no exterior.
Mori, de 83 anos, disse à Nippon TV que tencionava “explicar os seus pensamentos” numa reunião na sexta-feira, mas que tinha que lidar com o assunto. Mori não confirmou os boatos de que tenciona renunciar: “Não posso deixar que este problema se prolongue mais”, disse o responsável, que voltou a pedir desculpa pelo comentário. Um porta-voz do comitê organizador não quis comentar.
O comentário de Mori provocou críticas duras no Parlamento, onde parlamentares da oposição exigiram a sua renúncia.
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