O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou na sexta-feira que há “provas” de que a variante do coronavírus identificada no Reino Unido “está associada a um maior nível de mortalidade”, para além de ser mais contagiosa.
O líder do Governo britânico explicou em conferência de imprensa que, devido ao impacto desta nova variante, o sistema de saúde público (NHS) está “submetido a uma maior pressão”, mas acrescentou que as vacinas que estão a ser administradas são, segundo os cientistas, eficazes contra as novas variantes já detectadas.
Antes do anúncio de Johnson, o Governo britânico já tinha feito saber que não descartava o encerramento das fronteiras do país face ao aparecimento de novas variantes de coronavírus. A possibilidade foi abordada pelo ministro do Ambiente, George Eustice: “Mantemos sempre essas coisas sob revisão e consideramo-las. Há uma preocupação no momento com o número de variantes mutantes”, disse o ministro à “Sky News” quando questionado sobre um possível encerramento das fronteiras.
O Reino Unido vetou recentemente todos os voos de Portugal, Brasil e mais 13 países da América do Sul após o surgimento de uma estirpe brasileira, e exige a todos os viajantes que entram no país um teste negativo para a Covid-19.
Além disso, há algumas semanas, o Governo também vetou viagens provenientes da África do Sul devido ao aparecimento no país de uma outra estirpe.
De acordo com os últimos dados oficiais, o Reino Unido registou 1.290 novas mortes por coronavírus na quinta-feira, abaixo do recorde de 1.820 dado a conhecer no dia anterior, além de outras 37.892 infeções.
Nos últimos sete dias, o número de óbitos aumentou 14,1 por cento em relação à semana anterior, embora as infecções tenham diminuído 23,6 por cento. O Reino Unido mantém fortes restrições à circulação da população, com fecho de escolas, dado o elevado número de infecções e a situação crítica dos hospitais.
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