As autoridades da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Hong anunciaram na sexta-feira a decisão de confinar milhares de residentes do bairro de Yau Tsim Mong, na região de Kowloon. A decisão tem por objectivo travar a propagação do SARS-CoV-2, o vírus responsável pela Covid-19.
A ordem para confinar milhares de pessoas em Yau Tsim Mong é a primeira decretada pelo Governo liderado por Carrie Lam desde o início da pandemia.
O jornal South China Morning Post noticiava que a medida, que entrou em vigor na sexta-feira, interdita os movimentos de todas as pessoas que vivem na zona, depois de lá ter sido detectado um elevado número de infecções pelo novo coronavírus.
Os habitantes ficam impedidos de sair de casa, a não ser que apresentem resultados negativos para testes médicos de despistagem da Covid-19. O confinamento parcial abrange cerca de nove mil pessoas, que residem em 150 edifícios de Yau Tsim Mong. De acordo com o diário em língua inglesa, cerca de 1.700 polícias vão ser destacados para o bairro com o propósito de fazer respeitar a medida sanitária. O confinamento vai manter-se em vigor até que todo o grupo populacional seja testado.
Os Serviços de Saúde da antiga colónia britânica recusaram-se a comentar o confinamento mas para além do South China Morning Post, foram vários os jornais de Hong Kong que deram conta da medida, citando fontes governamentais não identificadas.
Até ao momento Hong Kong contabiliza oficialmente 170 óbitos provocados pela Covid-19 e 10 mil contágios. Os cerca de 7,5 milhões de habitantes da vizinha Região Administrativa Especial têm enfrentado algumas restrições sanitárias desde o ano passado. O território foi atingido em Novembro pela “quarta vaga de infecções”.
O bairro de Yau Tsim Mong que vai ser confinado é um dos mais densamente povoados de todo o planeta, a par com a zona do Fai Chi Kei, em Macau. A maior parte dos apartamentos da zona tem em média 46 metros quadrados.
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