Segundo ano da pandemia “pode ser ainda mais difícil”, avisa OMS

O segundo ano da pandemia de Covid-19 pode ser mais difícil do que o primeiro, devido à forma como o novo coronavírus se está a espalhar, especialmente no hemisfério norte, à medida que mais variantes infecciosas circulam pelo mundo. O prognóstico foi na quarta-feira traçado pela Organização Mundial da Saúde.

“Estamos a entrar no segundo ano da pandemia, pode ser ainda mais difícil devido à dinâmica de transmissão e alguns dos problemas que estamos a ver”, reconheceu Mike Ryan, principal autoridade de emergências da OMS, durante um certame nas redes sociais.

O número de mortos em todo o mundo está a aproximar-se dos 2 milhões desde o início da pandemia, com 91,5 milhões de pessoas infectadas.

A OMS, numa actualização epidemiológica publicada durante a última noite, informou que depois de duas semanas de menos casos registados, cerca de cinco milhões de novos casos foram relatados na semana passada, resultado provável de um relaxamento na protecção durante a temporada de festas.

“Certamente que no hemisfério norte, particularmente na Europa e na América do Norte, assistimos a este tipo de tempestade perfeita: frio, pessoas em locais fechados, aumento da interacção social e uma combinação de factores que fizeram aumentar a transmissão em muitos, muitos países”, disse Ryan.

Maria Van Kerkhove, responsável técnica da OMS para Covid-19, deixou o alerta: “Depois das festas, em alguns países a situação vai piorar muito antes de melhorar.”

Para Van Kerkhove, é importante que as pessoas mantenham o distanciamento social: “Quanto mais longe, melhor”, disse.

Por entre temores crescentes sobre a variante mais contagiosa do coronavírus detectada pela primeira vez no Reino Unido, mas agora a circular por todo o mundo, os governos de toda a Europa anunciaram nesta quarta-feira restrições mais rígidas e mais longas à circulação de pessoas.

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