As autoridades belgas prenderam e expulsaram cinco activistas dinamarqueses de extrema direita que planeavam provocar muçulmanos na Bélgica queimando um exemplar do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, informaram fontes oficiais na quinta-feira.
O secretário de Estado belga para o Asilo e a Emigração, Sammy Mahdi, filho de um refugiado iraquiano, disse que os cinco “receberam ordem de deixar o país imediatamente, o que já fizeram”.
A permanência dos activistas “foi rejeitada porque esses homens representam uma séria ameaça à ordem pública na Bélgica”, acrescentou Mahdi.
De acordo com a página do grupo na rede social Facebook, os presos são membros do “Stram Kurs” ou “Hard Line”, um movimento liderado pelo militante dinamarquês anti-islâmista e anti-imigração Rasmus Paludan.
Segundo a publicação, Paludan foi detido em França e também foi expulso.
O “Stram Kurs” é conhecido na Escandinávia por actos provocativos e as autoridades belgas acreditam que o grupo planeou a queima do Alcorão em Molenbeek, um distrito de Bruxelas com uma grande população marroquina.
O suposto plano faz parte das informações enviados pela polícia ao Ministério Público de Bruxelas, disse à AFP uma fonte próxima à investigação.
Confrontos eclodiram em Agosto em Malmo, no sul da Suécia, depois de agitadores de extrema direita terem queimado um Alcorão. Os moradores protestaram, atacando a polícia. Vários agentes ficaram feridos.
Paludan, um advogado que vive na Dinamarca, tinha inicialmente a intenção de assistir à manifestação, mas as autoridades suecas impediram-nos de entrar no país.
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