A Índia ultrapassou o Brasil esta segunda-feira como o segundo país com o maior número de casos confirmados de COVID-19, após uma semana a avançar com números recorde de novos contágios, com um total de 4.204.613 infecções.
Com 90.802 novos casos confirmados pelo Ministério da Saúde indiano nas últimas 24 horas, o segundo país mais populoso do mundo é também a nação com a propagação mais rápida da doença, um índice superior ao registado nos Estados Unidos, que é até agora o país mais afectado em termos de número de contágios.
Os dados divulgados esta segunda-feira também estabelecem o número de casos mais alto reportado na Índia e no mundo desde o início da pandemia. O gigante asiático, com uma das taxas de mortalidade mais baixas, registou 1.016 mortes, elevando o total de mortes para 71.642.
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, a Índia ocupa o 20º lugar quanto à taxa de letalidade da doença, com uma taxa de 1,7 por cento, bem à frente de países como o México, que tem a taxa de mortalidade mais elevada (10,7 por cento), ou Espanha (5,9 por cento).
As autoridades indianas, contudo, continuam optimistas quanto à taxa de recuperação dos doentes, que tem aumentado quase tão rapidamente como o número de casos. De acordo com o Ministério da Saúde, 77,3 por cento de todos os casos recuperaram.
Com este cenário e após mais de cinco meses de encerramento, várias das metrópoles indianas estão agora a reiniciar o funcionamento do seu serviço de metro como parte da fase 4 do processo de desconfinamento.
Nova Deli, com a maior rede de transporte subterrâneo do país, começou hoje a operar, reactivando uma das suas seis linhas principais, e anunciou um plano para retomar todas as suas rotas dentro de uma semana.
Apesar da rápida propagação do coronavírus, a nação asiática tem avançado para o relançamento da economia após uma das piores quedas de crescimento da sua história.
De acordo com dados do Ministério de Estatística indiano, o PIB do país caiu no primeiro trimestre deste ano fiscal, de abril a junho, a -23,9 por cento, com dados negativos em quase todos os seus sectores económicos, como resultado das severas restrições para conter a propagação da pandemia.
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