A Organização Mundial da Saúde (OMS) admitiu na sexta-feira que o mais provável é que a população do planeta tenha de esperar até meados de 2021 para que sejam realizadas campanhas de vacinação em massa contra o novo coronavírus.
“Em termos realistas, não esperamos ver vacinações em massa até meados do próximo ano”, disse a porta-voz da agência, Margaret Harris, em conferência de imprensa.
A representante da Organização Mundial de Saúde admitiu que existe um perigo em “alimentar falsas esperanças”, pelo risco de aumentar a falta de cuidado da população.
Harris citou declarações de Jair Bolsonaro e de Donald Trump, presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, respectivamente, que minimizaram a propagação do novo coronavírus: “Lembremos que, no início desta pandemia, muitos diminuíram a importância e diziam que tudo isto passaria em menos de nada. Esta atitude levou-nos a tempos muito difíceis”, explicou a porta-voz da agência.
A representante da OMS destacou que, actualmente, existem entre seis a nove candidatas à vacina em fase avançada de investigação algumas já na terceira fase dos testes clínicos, a última antes de uma autorização para distribuição.
Essa última etapa requer a participação de 30 mil ou mais voluntários. Nela, são extraídas as informações sobre a eficácia do produto e confirma-se se há segurança para a publicação.
Harris reconheceu que existe uma confusão sobre prazos de disponibilidade das eventuais vacinas, devido ao grande número de informações sobre a corrida da indústria farmacêutica e das companhias biotecnológicas para a desenvolver.
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