A China flexibilizou as condições de entrada para os cidadãos de 36 países europeus, facilitando o acesso a visto de entrada para as pessoas que já têm permissão de residência mas que estão bloqueadas no exterior há mais de quatro meses devido à pandemia do novo coronavírus.
A República Popular da China, onde o novo coronavírus foi detectado no fim de 2019, fechou as fronteiras no fim de Março, quando a epidemia se propagava pela Europa. Os estrangeiros que têm autorização de residência no país ficaram bloqueados no exterior, sem a possibilidade de regressar a território chinês.
Várias embaixadas da República Popular da China na Europa, no entanto, publicaram esta quarta-feira um comunicado que estipula que as pessoas em posse de uma autorização de residência válida podem “solicitar um visto chinês de forma gratuita”.
A lista de países inclui a Alemanha, a Bélgica, Espanha, a França, a Itália, a Polónia, o Reino Unido, Portugal e a Suiça.
Desde o fim de Março, alguns estrangeiros conseguiram regressar à China, como os diplomatas e alguns empresários, técnicos ou docentes. Mas estes últimos precisavam de uma carta de convite das autoridades locais, algo que poderia ser difícil de obter e tinham ainda de pagar pelo visto.
O comunicado divulgado pela embaixada chinesa na Alemanha explica que a carta de convite vai deixar de ser exigida para a obtenção do visto.
Apesar da flexibilização na concessão do visto, qualquer pessoa procedente do exterior tem de passar por um período de quarentena de 14 dias na chegada ao país.
Enquanto a epidemia parece ressurgir em pontos da Europa, a China praticamente erradicou a doença do seu território. Nesta quinta-feira, o país anunciou apenas 25 novos casos de contágio, 16 deles em pessoas que chegaram do exterior.
A China não regista nenhuma morte provocada pela COVID-19 desde Maio, de acordo com os números oficiais. Alguns focos de contágio, porém, foram registados em diversas regiões, sobretudo em Pequim, no nordeste e noroeste do país.
O balanço da epidemia na China regista oficialmente quase 85.000 casos e 4.634 mortes.
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