
A reunião plenária do Conselho Legislativa da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong em que os deputados deviam começar a analisar na especialidade a proposta de lei da extradição foi adiada, depois de dezenas de milhar de manifestantes terem cercado o edifício do LegCo, em protesto contra o diploma.
O secretariado do Conselho Legislativo explicou à comunicação social da vizinha RAEHK que o presidente do hemiciclo, Andrew Leung, tomou a decisão de adiar a reunião, não tendo avançado com uma nova data para o plenário. O organismo adiantou apenas que os deputados serão notificados atempadamente.
A decisão foi tomada depois de deputados do campo pró-democracia terem pedido uma reunião com Leung com o propósito de instar o presidente do Conselho Legislativo a cancelar a discussão na especialidade do diploma. O arranque do processo estava agendado para o início da tarde desta quarta-feira.
Lam Cheuk-ting, membro do Partido Democrático, defendeu que a reunião plenária devia ser cancelada, dada a presença de milhares de manifestantes nas imediações do Conselho Legislativo. Citado pela RTHK, Lam considera que manter a reunião seria jogar achas à fogueira do descontentamento em que arde parte considerável da opinião pública de Hong Kong.
Fernando Cheung, deputado do Partido Trabalhista, considera que o Executivo liderado por Carrie Lam deve arquivar a controversa proposta dada a enorme tensão em que está mergulhado o território vizinho. Leung considera que se o Governo mantiver a intenção de discutir o diploma, a polícia terá que fazer uso da força para demover os manifestantes. O deputado teme que a medida possa ter consequências imprevisíveis para a juventude de Hong Kong.
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