
O ministro da Unificação sul-coreano, Kim Yeon-chul, vai deslocar-se esta semana ao gabinete de ligação intercoreano, numa altura em que as relações entre as duas Coreias ficam marcadas pelos recentes testes de armamento de Pyongyang e o esfriar das relações entre os dois vizinhos.
O governante vai visitar esta quarta-feira o gabinete, inaugurado em Setembro e localizado na província norte-coreana de Kaesong. Prevê-se que ali se reúna com 25 funcionários sul-coreanos, indicou à agência de notícias Efe um porta-voz do ministério.
O porta-voz esclareceu, no entanto, que o objectivo da visita não é reunir com funcionários norte-coreanos, mas sim efectuar uma primeira visita às instalações desde que foi ratificado como ministro, no início de Abril.
Em todo o caso, a visita acontece numa atmosfera de distanciamento entre as duas Coreias, após o fracasso da cimeira de Hanói, em Fevereiro, e os recentes testes de armamento conduzidos por Pyongyang.
Desde a cimeira na capital vietnamita, que terminou abruptamente sem qualquer acordo, os norte-coreanos não participaram em nenhuma das dez reuniões intercoreanas que deveriam ter acontecido todas as sextas-feiras no gabinete de ligação.
No último sábado, fontes militares sul-coreanas informaram que a Coreia do Norte lançou vários mísseis de curto alcance, o segundo teste com armas tácticas em menos de um mês.
O lançamento de mísseis parece indicar uma crescente impaciência de Pyongyang, que exige a Washington uma proposta de desarmamento mais flexível e acompanhada de um levantamento gradual das sanções.
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