O presidente da Rússia, Vladímir Putin, colocou no domingo em alerta as forças nucleares russas perante a crescente oposição internacional à sua invasão militar da Ucrânia, enquanto Kiev comunicou que aceita negociar com a Rússia “sem claudicar”.
Quatro dias após o início da invasão com tropas terrestres e bombardeamentos, as forças ucranianas resistem por enquanto face ao imenso poderio militar russo. A pressão internacional contra Moscovo aumenta com sanções e vetos a políticos, organismos, bancos, companhias de aviação, órgãos de comunicação social, oligarcas e desportistas russos.
Mas a Rússia também expandiu no domingo os seus níveis de ameaça ao anunciar que coloca as forças de dissuasão nuclear em “regime especial de serviço”, depois das “declarações agressivas” dos principais países da NATO nos últimos dias.
A Aliança Atlântica qualificou as palavras de Putin como “retórica perigosa” enquanto a Casa Branca acusava a Rússia de “fabricar ameaças” para “justificar maiores agressões”, um “padrão de conduta” que considera habitual no mandatário russo.
Jen Psaki, porta-voz do presidente norte-americano, Joe Biden, em entrevista televisiva, salientou que “a comunidade global e o povo americano devem entender as ameaças russas a partir deste prisma”, já que “em momento nenhum a Rússia esteve sob ameaça da NATO ou da Ucrânia”.
O secretário geral da NATO, Jens Stoltenberg, coincidiu: “Se combinarmos esta retórica com o que os russos estão a fazer no terreno na Ucrânia, lançando uma guerra contra uma nação soberana independente, isto acrescenta gravidade à situação”.
As forças de dissuasão estratégica da Rússia estão integradas pelas forças nucleares, incluídos misseis inter-continentais, bem como forças não nucleares, e a defesa antimísseis, o sistema de alerta temporário e a defesa antiaérea.
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