O Ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, acusou na sexta-feira o governo regional de Madrid de “não fazer nada” contra o vírus e justificou a declaração do estado de emergência na capital porque “há que actuar o quando antes”.
“Chegou-se aqui porque a Comunidade de Madrid não actuou antes”, afirmou Illa numa conferência de imprensa realizada depois da reunião do Conselho de Ministros que aprovou decretar de maneira imediata o estado de emergência em Madrid, com o qual se procura restringir a mobilidade dos madrilenos devido à expansão da pandemia de coronavírus.
Illa acusou esta sexta-feira a presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, de “não fazer nada” para conter e reverter a transmissão comunitária de coronavírus que há em Madrid, e acrescentou que “a paciência tem um limite”.
O ministro forneceu dados sobre a gravidade da situação na área metropolitana da capital espanhola: mais de 60 falecidos nos últimos dias, cerca de 3.360 pessoas hospitalizadas e 498 “a lutar pela sua vida” nas UCI, e concluiu que “a obrigação de um Governo com alma é achatar a curva de contágios, apesar de requerer sacrifícios”.
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