O líder norte-coreano, Kim Jong Un, ordenou a 12 mil membros do seu partido em Pyongyang que ajudassem duas províncias rurais a recuperarem dos danos causados por um violento tufão, informou este domingo a agência oficial KCNA.
A península coreana preparou-se durante os últimos dias para a chegada de uma nova tempestade, enquanto o litoral leste do país registou inundações e danos significativos devido às chuvas torrenciais que acompanharam a passagem do violento tufão Maysak no início da semana.
Os desastres naturais tendem a causar mais danos na Coreia do Norte do que na Coreia do Sul, principalmente por causa da fragilidade das infra-estrutura norte-coreana. O país também é muito vulnerável a enchentes devido ao desmatamento.
Mais de mil casas foram destruídas pelo tufão Maysak e vários edifícios públicos e quintas ficaram inundados nas províncias de Hamgyong do Norte e do Sul, de acordo com a KCNA.
No sábado, o líder norte-coreano visitou a área para verificar os danos e organizou uma reunião sobre as operações de resgate, disse a mesma fonte.
Além disso, Kim demitiu o presidente do comité do partido da província de Hamgyong do Sul, ainda de acordo com a KCNA.
Em fotografias publicadas este domingo pelo jornal do partido no poder, Rodong Sinmun, o líder norte-coreano aparece a discutir a situação com outras autoridades, em frente a casas destruídas e a árvores derrubadas.
Numa carta aberta manuscrita dirigida a membros do Partido do Trabalhadores, o líder norte-coreano anunciou que cerca de 12.000 membros, residentes em Pyongyang, serão enviados para essas duas províncias para ajudar nos trabalhos de limpeza.
A missão dos membros do Partido dos Trabalhadores passa participação nas operações que visam ajudar a região a recuperar dos danos sofridos. Kim Jong-Un fixou como prazo para a recuperação o dia 10 de Outubro, dia do 75º aniversário da fundação do partido no poder: “Não podemos permitir que os habitantes das províncias de Hamgyong do Sul e do Norte, que acabam de sofrer tantos danos, celebrem este dia de aniversário sem um tecto”, escreveu Kim Jong Un.
Kim descreveu a situação como “urgente” e que precisava de ser “administrada sem que fosse perdido um único momento”.
O jornal não especificou o número de feridos, falecidos ou desaparecidos devido à passagem da tempestade.
Em 2016, pelo menos 138 norte-coreanos morreram durante enchentes causadas por chuvas torrenciais, de acordo com a Organização das Nações Unidas.
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