O Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular iniciou, este sábado, uma reunião de quatro dias para decidir como vai ser preenchido o vazio legislativo deixado pelo adiamento das eleições legislativas na vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong.
O governo de Hong Kong anunciou no final de Julho o adiamento por um ano das eleições para o Conselho Legislativo (LegCo), o parlamento do território . O escrutínio estava marcado para 6 de Setembro, devido à pandemia do coronavírus.
O Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular vai decidir se prolonga o mandato dos actuais deputados, que expira a 30 de Setembro, ou se nomeia um “órgão de transição”.
A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, considerou que seria mais pragmático prolongar o mandato da actual assembleia, mas a decisão coloca uma questão espinhosa: a de estender o mandato de quatro deputados da oposição, impedidos de continuar no cargo.
As candidaturas estão entre as 12 que foram invalidadas no final de Julho pelas autoridades, invocando a nova lei de segurança nacional imposta por Pequim.
“Não permitiremos que qualquer pessoa que promova a independência de Hong Kong ou participe de acções ilegais, como distúrbios, continue no cargo”, disse o deputado pró-Pequim Junius Ho na terça-feira.
De acordo com os críticos, a nova lei de segurança nacional implica um retrocesso nas liberdades vigentes desde que o Reino Unido entregou Hong Kong à China em 1997.
Na sexta-feira, Washington impôs sanções a 11 dirigentes de Hong Kong, incluindo a Carrie Lam.
Leave a Reply