O número de residentes da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong que mostraram interesse em residir em Portugal disparou desde Junho do ano passado, mês que pautou o início das manifestações de protesto contra um projecto de lei que previa a extradição de residentes da antiga colónia britânica para a República Popular da China. A confirmação chegou esta quarta-feira, pela voz de Paulo Cunha Alves.
O Cônsul Geral de Portugal em Macau e Hong Kong adiantou, em declarações à imprensa, que a representação diplomática de Portugal na região do Delta do Rio das Pérolas registou um aumento “notável” do número de residentes do território vizinho que se mostraram interessados em investir em Portugal e garantir, por essa via, autorização de residência.
Paulo Cunha Alves afirmou que a tendência de crescimento começou a observar-se desde Junho de 2019, mês em que a antiga colónia britânica foi palco de manifestações massivas. O diplomata, que esclarece que a procura continuar a aumentar, revelou que mais de um milhar de residentes do território vizinho procuraram os serviços consulares no âmbito do processo dos chamados “vistos gold”: “As pessoas têm que solicitar um registo criminal e para isso têm de recorrer aos serviços do consulado e é nessa base que temos algumas estatísticas sobre o número de pessoas que têm pedidos ‘vistos gold’ e de residência em Portugal que, entre Janeiro e final de Maio, terá sido à volta de 1.100”, especificou Paulo Cunha Alves.
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