
O construtor francês de infra-estruturas de transportes Alstom SA e o grupo italiano de gás Snam assinaram um acordo, válido por cinco anos, para desenvolver comboios movidos a hidrogénio em Itália, revelaram as duas empresas num comunicado conjunto.
O contrato estipula que a Alstom vai fabricar e ser responsável pela manutenção dos novos comboios, ao passo que a Snam construirá a infraestrutura para produzir e transportar gás para reabastecimento dos veículos.
O objetivo é ter as instalações necessárias para construir os comboios e as infraestruturas associadas prontas até ao início de 2021: “O hidrogénio produzido a partir de energias renováveis tornar-se-á competitivo em poucos anos e capaz de rivalizar com combustíveis fósseis. Os novos veículos em desenvolvimento vão assumir um papel fundamental no desígnio da transição energética, especialmente no que diz respeito à indústria, ao aquecimento e aos transportes pesado”, explicou Marco Alvera , diretor administrativo da empresa italiana de gás, a maior empresa europeia de gasodutos.
A ideia de usar o hidrogénio como fonte de energia para veículos e centrais de energia remonta à década de 1970, mas ainda é uma solução muito cara para que se possa generalizar.
No entanto, e de acordo com os promotores da tecnologia, o desenvolvimento das infraestruturas necessárias, o aumento da procura em termos de transporte, e a multiplicação de instalações de gás e natureza industrial devem reduzir os custos.
O hidrogénio é uma das energias alternativas que poderão beneficiar do vasto plano de recuperação europeu actualmente em estudo.
A Alstom já desenvolveu um comboio de hidrogénio, o Coradia iLint, que está em serviço na Alemanha.
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