A cidade chinesa de Wuhan, onde o novo coronavírus emergiu no final do ano passado, não regista novos casos de Covid-19, mas as autoridades da cidade identificaram trezentos portadores assintomáticos do vírus depois de terem testar a maioria de seus 11 milhões de habitantes. A informação foi esta terça-feira avançada pelas autoridades da capital da província de Hubei.
As autoridades lançaram-se na ambiciosa tarefa de testar toda a população da cidade a 4 de Maio e testaram 9,9 milhões de pessoas, depois de o diagnóstico de vários novos casos ter suscitado o receio de uma segunda vaga da doença.
As autoridades, entretanto, não encontraram novos casos de Covid-19 durante a campanha, realizada até 1 de Junho, disseram as autoridades municipais em conferência de imprensa.
Os responsáveis afirmaram que os trezentos portadores assintomáticos detectados foram considerados não infecciosos. As autoridades de Wuhan garantem também que não foram encontrados vestígios do vírus em objectos usados por nenhuma das 300 pessoas em questão, como máscaras, escovas de dentes ou telefones, ou nas maçanetas das portas e nos botões dos elevadores.
A República Popular da China não inclui os portadores assintomáticos nas estatísticas. Pessoas infectadas com o vírus, mas que não apresentam sintomas da doença não são considerados pelas autoridades do Continente como casos confirmados.
Wuhan, capital da província de Hubei, foi posta em quarentena a 23 de Janeiro, e a suspensão da medida materializou-se a 8 de Abril.
A cidade foi o local mais atingido pelo vírus no país e registou a maioria das 4.634 mortes e do total de 83.022 infecções reportadas na China continental.
O custo dos testes em massa foi de cerca de 126 milhões de dólares.
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