Um grupo de topógrafos chineses chegou na quarta-feira ao cume do Evereste para determinar com precisão a altura da montanha mais alta do mundo. Sob um céu azul claro, a equipa – composta por oiro especialistas – instalou instrumentos de medição e abriu uma garrafa de champanhe, de acordo com vídeos divulgados pela imprensa chinesa.
A altura exacta do Evereste, cujo cume fica situado entre o Nepal e a China, é objecto de debate, apesar de várias campanhas de medição terem sido conduzidas ao longo das últimas décadas.
A última realizada pela República Popular da China remonta a 2005, quando a medição determinou que a montanha mais alta do planeta tinha 8.844,43 metros, um número que não leva em consideração a neve ou o gelo acumulado no topo, de acordo com a agência de notícias Xinhua.
O Nepal optou por incluir o gelo acumulado no cume, por isso considera o Everest quatro metros mais alto.
Os cientistas também vão procurar perceber se a atividade sísmica na região, em particular o forte terremoto de 2015 no Nepal, pode ter influenciado a altura do Evereste.
De acordo com a Xinhua, as medições serão feitas através do recurso ao sistema de navegação por satélite Beidu, o equivalente chinês ao GPS. Todo o equipamento de mapeamento também é de concepção chinesa e as medições vão fazer uso de métodos 3D.
A data de publicação dos resultados não foi anunciada, mas a China e o Nepal concordaram, em 2019, avançar com um anúncio conjunto.
A expedição partiu a 30 de Abril e foi adiada duas vezes devido ao mau tempo.
Esta é a primeira subida ao topo do mundo registada desde o início da pandemia do novo coronavírus, com a China e o Nepal a suspender as expedições em março, no início da Primavera, devido à epidemia.
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