O ciclone Amphan, o mais violento a afectar a região do Golfo de Bengala em mais de uma década, causa a morte a pelo menos vinte pessoas na Índia e no Bangladesh. A tempestade deixou um rasto de destruição em ambos os países e obrigou à evacuação de cerca de três milhões de pessoas.
A passagem do Amphan pela região do golfo de Bengala matou pelo menos oito pessoas no Bangladesh e doze outras na Índia, de acordo com o balanço avançado pelas autoridades de ambas as nações.
A tempestade atingiu a parte leste do subcontinente indiano num altura crítica do combate à pandemia do novo coronavírus. Kumar Ravi, comandante-adjunto da Força Nacional de Resposta a Desastres no estado indiano de Bengala, assegura que as autoridades indianas estão a tentar minimizar o impacto do novo coronavírus, com a distribuição em grande número de máscaras e de gel hidroalcóolico.
A tempestade, a mais poderosa a açoitar a costa oriental da Índia desde o início do século XXI, fez-se acompanhar por rajadas de vento de até 190 quilómetros de horas, anunciaram os Serviços Meteorológicos da Índia: “O ciclone atingiu terra firme. O ‘olho’ está sobre a ilha de Sagar”, localizada no estuário do rio Hoogly, a cerca de 100 quilómetros a sul de Calcutá, disse o diretor do centro meteorológico do estado de Bengala Ocidental, Sanjib Banerjee.
A maior cidade da costa leste da Índia foi durante o final da tarde e o início da noite de terça-feira fustigada pelo Amphan. O ciclone arrancou árvores, provocou inundações e deixou milhares de pessoas sem electricidade e sem telefone. A tempestade, de categoria 4, é a mais forte a afectar a região do golfo de Bengala desde 1999, ano em que um ciclone vitimou mais de dez mil pessoas no estado de Odisha.
Leave a Reply