
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, recebeu na quinta-feira o líder pró-democrata da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong, Martin Lee. A informação foi avançada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América. O encontro materializou-se numa altura em que o campo pró-democrata de Hong Kong tenta impedir a promulgação da nova lei da extradição.
“O secretário Pompeo mostrou-se preocupado com as emendas ao projeto de lei sobre a extradição propostas pelo governo de Hong Kong, que ameaçam o Estado de direito naquela Região Administrativa Especial”, salientou o Departamente de Estado em comunicado.
Martin Lee fundou o primeiro partido pró-democracia de Hong Kong em 1990 e tem sido uma voz proeminente na defesa das liberdades civis na antuga Região Administrativa Especial.
O campo pró-Pequim do Conselho Legislativo quer ver aprovada uma emenda à lei que prevê que os suspeitos de crimes, incluindo estrangeiros, possam ser extraditados para países e regiões com as quais Hong Kong não tem acordos formais de extradição, como é o caso da República Popular da China.
Mais de 130 mil pessoas pessoas saíram à rua contra a legislação proposta, num dos maiores protestos pró-democracia que se realizaram na RAEHK desde a “revolta dos guarda-chuvas” em 2014.
Em Pequim, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Lu Kang, considerou que os assuntos de Hong Kong constituem uma questão interna da República Popular da China. O responsável salientou ainda que o Governo central apoia por completo a lei de extradição de Hong Kong.
Referindo-se a Lee, Lu considerou que alguns residentes de Hong Kong estão a tentar usar forças estrangeiras para interferir na ordem social do território.
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