O governo israelita decidiu no domingo prolongar por cinco dias as medidas de confinamento que deixariam de ter efeito à meia-noite, informaram o gabinete do primeiro-ministro e o ministério da Saúde, num comunicado conjunto.
Como o número de infectados continua alto, apesar de uma intensa campanha de vacinação, o governo prolongou pela terceira vez desde o início da pandemia o confinamento imposto aos israelitas.
Após a reunião, os ministros acordaram manter as medidas até as 07 horas de sexta-feira. O Executivo vai se reunir na quarta para examinar a situação, acrescentou o comunicado.
Milhares de judeus ultraortodoxos violaram este domingo o confinamento, comparecendo ao funeral de um rabino em Jerusalém.
O enterro de outro rabino à noite, na mesma cidade, provocou uma nova violação das medidas. A lei só permite que 20 pessoas sigam o corpo do falecido, mas havia milhares no funeral do rabino Yitzhak Sheiner.
O Parlamento israelita votou no domingo um aumento das multas para quem desrespeitar as restrições sanitárias. Os deputados decidiram dobrar as multas para estabelecimentos comerciais e colégios que desafiarem as restrições: passarão de 5.000 a 10.000 shequels, qualquer coisa como 3.000 dólares.
No período de um mês, Israel vacinou mais de três milhões dos seus 8,7 milhões de habitantes, informou o ministério da Saúde.
O país comprometeu-se a compartilhar os dados sobre os efeitos da imunização com a Pfizer em troca de receber rapidamente as vacinas.
Apesar de ter vacinado um terço da população, Israel registou nas últimas 24 horas algo mais que 3.500 casos de contágio.
O ministro do Interior, Arié Dery, também estendeu por dois dias o encerramento das ligações fronteiriças com a Jordânia e com o Egipto, anunciado na quarta-feira passada.
Os voos internacionais continuarão suspensos e o aeroporto internacional Ben Gurión vai permanecer fechado durante uma semana mais, decidiu o governo.
O mês de Janeiro foi o mais mortal desde o início da pandemia em Israel, com mais de 1.000 óbitos pelo novo coronavírus dos mais de 4.700 óbitos registados desde Março, quando estourou a pandemia.
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