Trump diz que eleições estão longe “de terem terminado”

O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, disse no sábado que o seu rival Joe Biden não deve proclamar vitória nas eleições “erroneamente”, depois de vários canais de televisão norte-americanos terem atribuído a vitória na Pensilvânia – e no escrutínio eleitoral – à candidatura democrata.

“Joe Biden não devia declarar vitória nas eleições para a presidência erroneamente. Eu também a posso reivindicar. O processo judicial está apenas a começar!”, disse o presidente norte-americano no Twitter.

Trump lembrou que há estados que ainda não certificaram os resultados e que sua campanha lançou várias disputas legais que “poderiam determinar quem é o vencedor”.

No entanto, as contagens quase completas em cada um dos estados que permanecem por apurar mostram que Biden tem uma vantagem insuperável, permitindo que as grandes redes televisivas norte-americanas o apontem como o vencedor, algo que ocorre em todas as eleições.

Depois de a imprensa ter apontado Biden como vencedor na Pensilvânia e no Nevada no sábado, a projeção é que o candidato democrata acumule pelo menos 279 votos no Colégio Eleitoral, ultrapassando o limite de 270 votos necessários para chegar à Casa Branca.

Numa conferência de imprensa da equipa de campanha de Trump em Filadélfia, o seu advogado pessoal Rudy Giuliani afirmou que Trump não está pronto para conceder a vitória ao seu adversário: “Obviamente não vai ceder quando há pelo menos 600.000 votos sobre os quais pairam dúvidas”, disse, sem fornecer provas.

Trump afirma que na Pensilvânia os observadores republicanos não tiveram “acesso significativo” à monitorização da contagem.

Existem reclamações em vários estados que dão conta do acesso insuficiente ao processo de contagem. Vários líderes republicanos apoiaram o presidente, incluindo a senadora Lindsey Graham, que insistiu que “as alegações de irregularidades e má conduta na votação” devem ser levadas a sério e não “escondidas debaixo do tapete”: “Os resultados das eleições não são determinados pela imprensa, devem ser certificados pela contagem dos votos”, acrescentou, indicando que as autoridades da Pensilvânia devem levar essas acusações a sério, antes de certificar o resultado final.

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