A República Checa voltou esta sexta-feira a superar a barreira dos 14.000 casos diários de contágio pelo novo coronavírus no período de apenas 24 horas, depois do recorde de quase 15.000 registado ontem, informou o Ministério da Saúde.
Nem o fecho de escolas ou bares, restaurantes e lugares de lazer ou outras restrições impostas parecem estar actualmente a fazer efeito, reconheceu o próprio Governo de coligação que lidera a capital checa.
Com uma taxa acumulada de contágios de 1.066 por 100.000 habitantes, o país centro-europeu lidera a classificação da União Europeia neste campo, à frente da Bélgica, com 933.
O número de contágios activos supera já os 130.000, mais de 4.400 dos quais se encontram hospitalizados, quatro vezes mais do que há três semanas.
Esta quinta-feira entraram em vigor novas restrições de circulação que, segundo o governo, não constituem um confinamento, pois permitem sair de casa para ir trabalhar, ao médico, fazer compras e passear no campo.
As reuniões de mais de duas pessoas na rua também foram proibidas, enquanto todas as lojas, excepto as de alimentos e farmácias, estarão fechadas até 3 de Novembro.
Entretanto, o partido governante, o social-democrata CSSD, pediu a demissão do Ministro da Saúde, o epidemiologista Roman Prymula, depois da imprensa local ter noticiado que foi visto perto da meia-noite num restaurante de Praga, quando este tipo de estabelecimento devia estar encerrado desde 14 de Outubro.
Além disso, o ministro não usou uma máscara ao entrar na sua viatura oficial, outro dos requisitos exigidos à população se viajar num veículo com terceiros que não sejam familiares.
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