Túmulo de Amenhotep III reabre após obras de restauro

Fotografia: Jordi Orts Segales/Unsplash. Imagem meramente ilustrativa.

O túmulo do faraó Amenhotep III, um dos maiores do Vale dos Reis, no sul do Egitpo, reabriu oficialmente ao público no passado sábado. O complexo funerário foi alvo de um longo processo de restauro e de recuperação.

O ministro egípcio do Turismo e das Antiguidades, Sherif Fathy, apresentou à imprensa o túmulo, construído há mais de 3.000 anos.

O local foi documentado pela primeira vez em 1799, durante o breve período em que o Egipto esteve sob domínio napoleónico. Após uma longa história de escavações, de pilhagens e de graves danos, o complexo funerário foi restaurada com o apoio do governo japonês e da UNESCO.

Esculpido na encosta de uma colina na margem ocidental do Nilo, em frente à cidade de Luxor, o túmulo está “decorado com murais que figuram entre os mais bonitos dos túmulos reais remanescentes da XVIII dinastia”, de acordo com a missão japonesa junto da UNESCO.

Décadas de deterioração deixaram a estrutura em risco de desmoronamento.

Amenhotep III ascendeu ao trono ainda adolescente e governou durante cerca de quarenta anos. O seu reinado ficou pautado por longos períodos de prosperidade, estabilidade e esplendor artístico. O soberano morreu em 1349 a.C., aos 50 anos.

Amenhotep III foi enterrado na famosa Necrópole de Tebas, onde reis, rainhas, sacerdotes e escribas reais do Antigo Egipto foram sepultados entre os séculos XVI e XI a.C.

Após as escavações francesas e britânicas de 1799 e 1915, grande parte do conteúdo do túmulo foi transferido para o Museu do Louvre em Paris, o Museu Metropolitano de Nova Iorque e o Castelo de Highclere no Reino Unido, de acordo com a Universidade de Waseda, no Japão.

A múmia e o sarcófago do faraó estão preservados no Museu Nacional da Civilização Egípcia no Cairo, enquanto que o Museu Egípcio de Tahrir e o novo Grande Museu Egípcio,  na capital, abrigam colossais estátuas do faraó, sentado ao lado de sua esposa.

Perto do seu túmulo, o enorme templo funerário de Amenhotep, conhecido como Kom el-Hetan, sofreu graves danos causados pelas inundações anuais do Nilo.

Duas gigantescas estátuas de granito – os Colossos de Mémnon – ainda se mantêm erguidas, dando as boas-vindas aos visitantes do antigo vale.

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