Numa carta enviada à República Popular da China, a Coreia do Norte culpa “forças hostis” e riscos com a Covid-19 pela sua decisão de não participar nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim. Pyongyang acusou os Estados Unidos da América de tentarem impedir o sucesso dos Jogos, disse a imprensa estatal do país nesta sexta-feira.
Não é claro se a carta do Comité Olímpico e Ministério dos Desportos da Coreia do Norte fazia referência apenas aos atletas do país, que já não estão aptos a competir, uma vez que a Coreia do Norte foi suspensa pelo Comité Olímpico Internacional (COI) até o final de 2022 por não enviar uma delegação aos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano passado, devido aos receios com a Covid-19.
Um resumo da carta feito pela agência estatal KCNA não refere o envio de nenhuma delegação diplomática. O país manteve o seu rígido e auto-imposto lockdown nas fronteiras que impediu mesmo a entrada dos seus próprios diplomatas no país e sufocou praticamente todo o comércio.
A carta critica medidas não especificadas tomadas pelos Estados Unidos da América, que em Dezembro anunciaram que as autoridades governamentais irão boicotar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 devido ao histórico da China de abusos dos direitos humanos, mas permitem os atletas norte-americanos livres para viajar para Pequim e competir.
Vários outros países, incluindo o Reino Unido, a Austrália e o Canadá, também anunciaram boicotes diplomáticos desde então: “Os EUA e os seus vassalos estão cada vez mais descarados nas suas medidas contra a China com o objectivo de prevenir a abertura bem-sucedida dos Jogos Olímpicos”, afirma a carta norte-coreana, chamado as medidas de “um insulto ao espírito do estatuto olímpico internacional e de um acto com objectivo de desgraçar a imagem internacional da China”.
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