A Polícia Judiciária desmantelou, esta terça-feira, uma rede de prostituição dirigida por cidadãos de nacionalidade vietnamita, que operava no bairro do Iao Hon, na zona norte da cidade. No âmbito da operação, a polícia de investigação do território prendeu 56 pessoas. Entre os detidos estão 23 homens e 33 mulheres.
Os dados relativos à operação foram revelados pelo porta-voz da Polícia Judiciária, Leng Kam Lon, numa conferência de imprensa organizada na tarde desta terça-feira no teatro das operações, o bairro do Iao Hon.
Leng revelou que alguns dos alegados membros da rede de exploração de prostituição agora desmantelada estiveram envolvidos numa rixa com armas ilegais que ocorreu em Fevereiro na mesma zona. Na altura, oito alegados membros de dois grupos rivais foram detidos.
As 56 pessoas agora detidas têm idades compreendidas entre os 28 e os 70 anos. Entre os detidos estão 44 cidadãos de nacionalidade vietnamita, um residente de Hong Kong, oito cidadãos da República Popular da China e três residentes de Macau, clientes das alegadas prostitutas. Dos 44 cidadãos vietnamitas envolvidos na alegada rede de prostituição, doze possuem o chamado “blue card”. Os restantes possuem autorização de permanência temporária ou apenas passaporte vietnamita.
De acordo com o porta-voz da PJ, a acção da rede começou a ser notada na zona em Janeiro e desde então, as autoridades do território terão recebido dezenas de reclamações, tanto de moradores da área, como de organizações comunitárias. De acordo com as queixas, a rede operava em vários apartamentos do edifício Mau Tan, um dos mais degradadas da zona norte da cidade.
A Polícia Judiciária lançou uma investigação e descobriu que aa rede estaria activa no Iao Hon há cerca de um ano. Os membros do grupo assumiam diferentes funções dentro da organização criminosa. A rede, adiantou Leng Kam Lon incluía quatro membros-chave que alugaram os apartamentos e que alegadamente recrutaram outros vietnamitas para uma série de tarefas. Alguns dos membros da rede foram incumbidos de angariar clientes nos becos ou ruas da área. Outros membros trabalharam como vigias e tinham como função alertar as prostitutas caso agentes das forças da ordem estivessem a patrulhar a área.
A operação da Polícia Judiciária foi desencadeada por volta das 7 horas da manhã de ontem e mobilizou um total de 170 agentes, que revistaram um total de 28 apartamentos na zona. A operação resultou na intercepção de 56 pessoas e na apreensão de uma grande quantidade de provas, como recibos de aluguel de apartamentos, livros de contabilidade, lubrificantes e preservativos, bem como armas proibidas, incluindo nunchaks e bastões telescópicos.
A rede cobraria às prostitutas entre 300 e 500 patacas por dia, conferindo-lhes proteção. As prostitutas cobravam por sua vez entre 150 e 200 patacas aos clientes que recebiam.
A Polícia Judiciária continua a investigar o caso. Os investigadores da polícia de investigação acredita que há mais membros da rede que inda não foram interceptados.
Leave a Reply