Vacinas. Taiwan acusa Pequim de fomentar “guerra política”

Fotografia: Vernon Raineil Cenzon/Unsplash

Taiwan não acredita na sinceridade das intenções das autoridades chinesas, que se prontificaram a oferecer vacinas contra a Covid-19 às autoridades formosinas. O Executivo de Taipei acha que o governo chinês está a trabalhar para impedir a ilha de obter doses por razões políticas, numa altura em em que as infecções estão a aumentar, disseram à agência Reuters fontes próximas do governo taiwanês.

China e Taiwan trocam farpas enquanto o mundo combate o vírus, enfraquecendo laços já esgarçados por causa da recusa taiwanesa de aceitar a soberania chinesa e do apoio mais robusto dos Estados Unidos da América a Taipé.

Os dois lados iniciaram uma guerra de palavras áspera a respeito das vacinas, muito necessárias em Taiwan agora que o sistema médico está a ser pressionado por novos casos. Apenas cerca de 1 por cento dos seus mais de 23 milhões de habitantes estão vacinados.

Taiwan diz que a China a impediu de obter vacinas produzidas pela alemã BioNTech, enquanto a China diz que teria prazer em enviar um carregamento desta vacina através de seu agente de vendas, Shanghai Fosun Pharmaceutical Group.

Mas Taiwan diz que não tenciona aceitar as vacinas da Fosun, dizendo que o processo não é transparente e que a China se recusa a fornecer informações relevantes.

O Gabinete de Assuntos de Taiwan do governo chinês, que repete que a sua oferta de vacina é sincera e que Taiwan não deveria criar obstáculos políticos, disse num comunicado à Reuters que a alegação taiwanesa de que está a impedir o acordo com a BioNTech “não faz sentido”.

Uma fonte de Taiwan a par da situação disse à agência Reuters que a China está a iniciar uma “guerra política” para “dividir e enfraquecer” o seu país sem a intenção real de oferecer as vacinas.

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