A última plataforma petrolífera ainda em actividade em Espanha encerra em definitivo a produção em Junho, o que significa o fim de uma história de quase 60 anos de extração de petróleo no país.
A multinacional espanhola Repsol vai deixar de extrair petróleo na plataforma Casablanca, frente à costa mediterrânea de Espanha, em meados de Junho. A decisão já foi comunicada às autoridades, confirmaram fontes da empresa à agência Efe na quarta-feira.
Instalada em 1981, a plataforma produzia em 2018 aproximadamente 2.000 barris diários. Uma das suas concessões autoriza a exploração de hidrocarbonetos até à década de 2040.
A decisão da Repsol coincide com a meta estipulada no seu novo planeamento estratégico de 2021 a 2025 de concentrar as actividades em áreas geográficas mais competitivas.
Além disso, trata-se de um passo à frente no contexto da Lei de Alterações Climáticas e Transição Energética aprovada recentemente pelo Parlamento espanhol, que estabelece que, quando entrar em vigor, não serão concedidas novas autorizações de exploração nem concessões de extracção de hidrocarbonetos em toda o território espanhol.
O fim da produção nesta plataforma marcará o fim de uma história de quase 60 anos de extração em território espanhol, uma saga que começou numa zona rural no norte do país onde se descobriu petróleo em 1964.
No dia 6 de Junho de 1964, o petróleo jorrou pela primeira vez de uma das cem perfurações feitas em 34 dias na região, que nos anos 60 ficou conhecida como “o Texas espanhol”. Em Fevereiro de 2017, o Governo negou o pedido de uma extensão de dez anos da concessão solicitado pela empresa CPS.
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