O presidente russo, Vladimir Putin, e o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, discutiram a possibilidade de a vacina russa Sputnik V contra a covid-19 poder ser entregue à Áustria, anunciou o Kremlin na sexta-feira.
Os dois líderes discutiram por via telefónica “a possibilidade” de Moscovo poder fornecer à Áustria a vacina e a “produção conjunta” da Sputnik V, de acordo com uma nota da presidência russa.
O Kremlin acrescentou que “novos e estreitos contactos” foram acordados por ambas as partes sobre esta questão para o futuro.
No início de Fevereiro, Kurz já tinha dito que não fecharia a porta às vacinas russas ou chinesas contra o coronavírus produzidas na Áustria, caso obtivessem uma autorização de comercialização na União Europeia.
A Sputnik V ainda aguarda luz verde da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para ser distribuída nos 27 Estados-Membros da União Europeia.
A Rússia, que está em desacordo com a União Europeia em várias questões internacionais, culpa o bloco pela suposta lentidão do regulador europeu.
Por outro lado, a Hungria já começou a usar a vacina russa a 12 de Fevereiro, sem esperar que a União Europeia se pronunciasse.
Inicialmente recebida com cepticismo,a Sputnik V, baptizada em homenagem ao primeiro satélite soviético, convenceu os especialistas de sua eficácia.
O jornal médico especializado The Lancet publicou os resultados segundo os quais a vacina é 91,6 por cento eficaz contra as formas sintomáticas da covid-19.
Segundo Moscovo, que também registou duas outras vacinas, a Sputnik V está licenciado actualmente em quase 40 países.
As autoridades russas estão a tentar estabelecer acordos de produção em todo o mundo em vez de exportar as suas vacinas devido à falta de capacidade para atender à demanda doméstica prioritária.
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