A União Europeia começará a fornecer as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 no primeiro trimestre de 2021, de acordo com as previsões mais optimistas, traçando um horizonte de esperança depois de a pandemia ter voltado a bater recordes na região na quarta-feira.
A situação na Europa é “muito preocupante e todos os nossos indicadores seguem uma direcção preocupante “, advertiu a directora do Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC), Andrea Ammon, em entrevista à agência AFP. Questionada sobre a data de início da vacinação no continente, a responsável disse que, “sendo optimista, no primeiro trimestre de 2021” a vacina possa começar a ser distribuída.
O mundo está pendente da possibilidade de uma vacina eficaz poder vir a ser disponibilizada a médio prazo, depois do anúncio feito pelos laboratórios Pfizer e BioNTech de que a futura vacina apresenta 90 por cento de eficácia. A Comissão Europeia anunciou na quarta-feira que acertou com os dois laboratórios a compra de cerca de 300 milhões de doses.
Essa vacina é uma das mais de 40 que estão em diferentes fases de desenvolvimento no mundo. O fabricante da vacina russa Sputnik-V garantiu que a mesma possui eficácia de 92 por cento e prometeu que os dados que sustentam esta afirmação serão publicados em breve “numa das principais revistas médicas do mundo”.
Paralelamente, as restrições estão a aumentar em diversos países europeus. Nesta quarta-feira, a Hungria, um dos mais afectados, começou a aplicar um novo confinamento parcial, que irá durar pelo menos 30 dias, acompanhado de uma ordem de recolher obrigatório.
A Grécia, onde um segundo confinamento entrou em vigor no último sábado, reforçará este dispositivo ao aplicar o recolher obrigatório entre as 21h e 5h.
Apesar das restrições, os números aumentam de forma significativa naquele continente. O Reino Unido, país europeu que regista mais óbitos, superou na quarta-feira os 50 mil mortos, enquanto a Espanha soma mais de 40 mil e a Itália já regista mais de 1 milhão de infectados.
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