O governo chinês anunciou, na sexta-feira (11), que vai impor restrições aos diplomatas dos Estados Unidos da América acreditados no país, incluindo aos que estão instalados em Hong Kong, “em nome da reciprocidade”.
O Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros não detalhou que medidas serão essas, mas o anúncio surge na sequência de uma decisão similar adoptada pelos Estados Unidos da América no início do mês de Setembro.
Washington impôs restrições ao corpo diplomático chinês, como a obrigação de solicitar autorização para visitar universidades, ou para se reunir com políticos locais.
Os eventos culturais com mais de meia centena de pessoas, organizados pelas missões diplomáticas chinesas fora dos seus edifícios oficiais nos Estados Unidos da América, também terão de receber luz verde das autoridades norte-americanas.
O governo liderado por Donald Trump disse ter adoptado as medidas, porque os seus diplomatas na República Popular da China estão sujeitos a restrições de acesso a locais e a pessoas que podem ser úteis para que as autoridades norte-americanas possam compreender plenamente a realidade chinesa.
“Estas acções americanas violaram gravemente o direito internacional e as normas fundamentais das relações internacionais”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, num comunicado divulgado na sexta-feira.
“A China emitiu, recentemente, uma nota diplomática que impõe, em nome da reciprocidade, restrições às actividades das embaixadas e dos consulados dos Estados Unidos na República Popular da China, incluindo o consulado dos Estados Unidos em Hong Kong e o seu pessoal”, acrescentou.
Esta decisão tem como pano de fundo a forte deterioração das relações entre a China e os Estados Unidos, rivais nos âmbitos económico e tecnológico e opostos em questões como Hong Kong, direitos humanos, tecnologia ou a gestão da pandemia.
Leave a Reply