
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América, Mike Pompeo, alertou Pequim de que Washington vai avançar com mais medidas de retaliação, depois da República Popular da China ter aprovado uma lei que restringe as liberdades e a autonomia de Hong Kong, num dia que Pompeo definiu como “triste”.
“Hoje é um dia triste para Hong Kong e para todos os amantes da liberdade na China”, afirmou o secretário de Estado norte-americano.
Mike Pompeo também deixou claro que o seu país “não vai ficar parado à medida que a China engole Hong Kong com o seu pendor autoritário”. O aviso chegou depois do presidente chinês, Xi Jinping, ter promulgado esta terça-feira a lei da segurança nacional de Hong Kong.
A lei é considerada pelos seus detractores como uma tentativa de silenciar a oposição na antiga colónia britânica.
A medida prevê que a justiça chinesa seja aplicada para danos “sérios” à segurança e prevê prisão perpétua por crimes visto por Pequim como atentatórios à segurança e à unidade da China: “Sob as instruções do presidente Donald Trump, removeremos as isenções políticas que dão tratamento diferente e especial a Hong Kong, com certas excepções”, alertou Mike Pompeo.
No final de maio, Washington revogou o estatuto preferencial de Hong Kong em termos de trato comercial. Na ONU, 27 países, incluindo a França e o Japão, convidaram a República Popular da China a reexaminar o diploma. As nações signatárias defendem que a lei “ameaça” as liberdades fundamentais no território vizinho.
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