
A directora da Organização Mundial de Saúde para o Meio Ambiente e Mudança Climática, María Neira, disse na quarta-feira que considera possível que uma vacina contra a COVID-19 chegue ao mercado no início de 2021. A responsável pediu que a distribuição seja feita com “equidade”.
“A data mais realista seria o início do ano que vem. Os optimistas dizem antes do final deste ano. Espero que tenham razão”, afirmou Neira na conferência virtual “COVID-19: a encruzilhada da OMS”.
De acordo com a especialista, “é fundamental o desenvolvimento da vacina, mas também garantir que o fabrico e a distribuição sejam feitos com equidade”.
Caberá à OMS “coordenar e arbitrar” a corrida pela vacina. Neira afirmou que uma eventual vacina “não poderá beneficiar apenas os países que pagaram” e lembrou que haverá atribuição de subsídios e de financiamento aos países que têm menos condições de adquirir vacinas: “E tudo isto gerando também claros benefícios económicos para as empresas farmacêuticas”, acrescentou.
Sobre o novo surto de COVID-19 em Pequim, Neira explicou que a situação está a ser investigada e que “o que for descoberto” será comunicado.
Questionada a respeito de uma possível segunda vaga global, a especialista disse esperar que tal não aconteça, mas ainda assim pede cautela: “Esperem o pior, mas não descurem o melhor”, resumiu Neira.
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