Mais de um terço das pessoas que tomas conta de portadores de deficiência em Macau – os chamados cuidadores informais – apresentam sinais de depressão, ansiedade e stresse. Estas são as conclusões de um estudo conduzido por um investigador da Universidade de Macau e publicado no British Journal Centre of Health Psychology.
De acordo com o autor do estudo, o académico Brian Hall, mais de 30 por cento dos cuidadores avaliados evidenciaram indícios de depressão moderada, severa ou ainda mais grave. Outros trinta por cento patentearam sinais de stresse e 47 por cento são acometidos por problemas de ansiedade: ““A principal conclusão é que se registam problemas de saúde mental nos cuidadores de pessoas com deficiência e que são necessárias medidas de apoio, que podem custar menos ao Governo se forma aplicadas de forma preventiva”, disse o autor do estudo à agência lusa.
Brian Hall salienta ainda que as mulheres são mais susceptíveis ao desenvolvimento deste tipo de distúrbios e chama a atenção para o facto da gestão externa dos sintomas através da interacção com outras pessoas ou entidades contribuir o mais das vezes para agravar a situação.
O estudo, que foi conduzido entre Agosto e Setembro de 2018, envolveu 234 cuidadores informais, muitos dos quais com idade superior a 65 anos. Até Setembro do ano passado estavam registados no território mais de 14 mil pessoas a quem foi diagnosticado algum tipo de deficiência. Uma boa parte dos portadores de deficiência vivem integrados em núcleos familiares com mais de três pessoas e com rendimentos mensais inferiores a cinco mil patacas.
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