O número de mortes registadas na província chinesa de Hubei aumentou em 242, para 1310, nas últimas vinte e quatro horas, informou esta quinta-feira a Comissão Provincial de Saúda da região que está no epicentro do surto epidémico. Trata-se do maior número de óbitos registado até ao momento num período de 24 horas.
De acordo com as autoridades chinesas, 14840 novos casos do coronavírus apenas na província de Hubei, elevando o total de casos na região para os 48 206. O aumento exponencial é justificado pela Comissão Nacional de Saúde da República Popular da China pela inclusão no balanço de casos diagnosticados por meio de métodos clínicos novos, sem explicitar de que métodos se trata.
O balanço – o mais alarmante desde que a cidade de Wuhan foi colocada em clausura, a 23 de Janeiro – foi avançado pelas autoridades chinesas um dia depois de Xi Jinping ter saudado “a evolução positiva” da epidemia do novo coronavírus, um quadro contrariado pela Organização Mundial de Saúde que considerava o entusiasmo do presidente chinês extemporâneo.
Em Pequim, o chefe de Estado sublinhou na quarta-feira a descida de novos casos desde o fim-de-semana, apesar de já terem morrido mais de 1.100 pessoas devido ao novo coronavírus (Covid-19).
O país não deve, no entanto, baixar a guarda nesta “grande guerra”, alertou Xi Jinping durante uma reunião do Partido Comunista Chinês.
Diferente visão da situação tem a OMS: “Acho que ainda é muito cedo para tentar prever o início, o meio ou o fim desta epidemia”, afirmou o chefe do departamento de emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, algumas horas antes das declarações de Xi Jinping.
Também o chefe da OMS, Tedros Ghebreyesus, reconheceu que houve uma estabilização do número de novos casos na China, mas tal “tem de ser interpretado com extrema cautela”.
Tedros Ghebreyesus lembrou que “esta epidemia pode ir em qualquer direcção”.
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