Cazaquistão. União Europeia quer explicações sobre irregularidades eleitorais

A União Europeia disse esta segunda-feira esperar que o Cazaquistão aborde as irregularidades detectadas por observadores internacionais nas eleições presidenciais de domingo. O escrutínio deu a vitória a Kasim-Yomart Tokáyev, com 70,76 por cento dos votos.

“À luz das deficiências indicadas pela missão de observadores, esperamos que o Cazaquistão aborde estas violações, assim como as regras e controlo eleitoral, ao encontro dos compromissos com a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa e as obrigações internacionais do país”, divulgou a União Europeia (UE), em comunicado.

O comunicado – onde Bruxelas indica que espera continuar a aprofundar as relações com aquele país – foi divulgado por uma porta-voz da alta representante de UE para a Política Externa, Federica Mogherini.

Segundo os resultados preliminares da missão de observação eleitoral do Gabinete para Instituições Democráticas e Direitos Humanos (ODIHR) da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), “as eleições oferecem um momento importante para possíveis reformas políticas”, destacou a União Europeia.

O bloco comunitário revelou que existiram “claras violações das liberdades fundamentais e pressão sobre as vozes críticas”, nomeadamente através de “detenções generalizadas de manifestantes pacíficos no dia das eleições”, estimadas em cerca de meio milhar.

O sufrágio foi avaliado negativamente em mais de metade das observações, adiantou a porta-voz.

Tokáyev, no poder no Cazaquistão desde a renúncia, em Março, do pai da nação, Nursultán Nazarbáyev, recebeu o apoio de 6,5 milhões de votantes, mais da metade do eleitorado.

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