A República Popular da China está pronta a enfrentar os Estados Unidos da América no âmbito da disputa comercial que ambos os países mantêm. Pequim mantém, no entanto, a porta aberta ao diálogo, assegurou este domingo em Singapura o ministro da Defesa chinês.
“Quanto aos atritos comerciais iniciados pelos Estados Unidos da América: se os Estados Unidos querem falar, vamos manter a porta aberta. Se eles querem o confronto, estamos prontos”, disse o general Wei Fenghe num discurso proferido num fórum de segurança em Singapura, onde a luta pela influência na Ásia entre os EUA e a China foi uma das questões dominantes.
Washington e Pequim opõem-se numa disputa comercial com taxas alfandegárias que chegam aos 360 mil milhões de dólares em produtos.
O general Wei é o primeiro ministro da Defesa da República Popular da China a participar no fórum desde 2011.
No sábado, no mesmo fórum, o actual líder do Pentágono, Patrick Shanahan, pediu à República Popular da China que pare de “erodir a soberania” dos seus vizinhos e advertiu que os Estados Unidos da América tencionam investir fortemente nos próximos cinco anos para manter a supremacia militar na região.
Os Estados Unidos da América acusam Pequim de militarizar várias ilhas no Mar do Sul da China reivindicadas por Taiwan, pelo sultanato de Brunei, pela Malásia, pelas Filipinas e pelo Vietname.
Os Estados Unidos da América realizam regularmente operações no Pacífico, sobrevoando o espaço aéreo internacional ou navegando embarcações de guerra perto dos arquipélagos disputados ou no estreito de Taiwan, que Pequim considera parte integrante das suas águas territoriais.
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