Hong Kong: Pró-democratas penalizados nas eleições de domingo

Os partidos do campo pan-democrata só conseguirem reter dois dois quatro lugares do Conselho Legislativo atribuídos nas eleições intercalares de ontem. Au Nok-hin e Gary Fan foram eleitos, mas Paul Zimmerman e Edward Yiu perderam para representantes do campo pró-Pequim.

O eleitorado das vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong repreendeu este domingo nas urnas o campo pró-democrata, ao optarem por dois candidatos da facção pró-Pequim para substituir dois dos quatro deputados que viram o seu mandato revogado, num longo e polémico processo que culminou na organização das eleições intercalares de ontem. Dos quatro assentos do Conselho Legislativo que ontem se atribuíam nas urnas, os candidatos do campo pró-democrata conseguiram preservar apenas dois.

O resultado significa que o campo pró-Pequim controla agora ambos os ramos do LegCo, dominando não só as chamadas circunscrições eleitorais de cariz geografico, como também as circunscrições eleitorais de cariz funcional. Em termos concretos, a perda de dois representantes significa que o campo pró-democrata perde o poder de veto de que dispunha sobre as propostas e a deliberações emanadas por deputados do campo pró-Pequim.

A desqualificação de seis deputados eleitos em 2016 foi o “leitmotiv” da campanha do campo pró-democrata, com os candidatos a instarem os eleitores a rectificarem nas urnas o que entendem ser desqualificações injustas.

O resultado das eleições intercalares deste domingo surpreendeu a maior parte dos observadores, que esperavam que o campo pró-democrata mantivesse pelo menos três dos quatro assentos para os quais votaram cerca de 2,1 milhões de eleitores.

 

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