Um agente da polícia tailandesa, conhecido como “Joe Ferrari” devido à sua paixão pelos carros de luxo foi condenado a prisão perpétua na quarta-feira por torturar um suspeito até a morte durante um interrogatório num caso de tráfico de drogas.
Um tribunal de Banguecoque declarou Thitisan Utthanaphon culpado de assassinato por tortura.
O caso incendiou as redes sociais e colocou a corrupção endémica da polícia do reino na ordem do dia.
Imagens publicadas na Internet mostravam Thitisan Utthanaphon e outros seis agentes a cobrir a cabeça de um suspeito de 24 anos com sete sacos de plástico enquanto o interrogavam e tentavam roubar-lhe 60.000 dólares. O suspeito morreu.
O juiz do tribunal responsável pelos casos de corrupção e má conduta condenou o agente de 41 anos à morte, mas imediatamente a comutou para prisão perpétua porque o acusado tentou reanimar a sua vítima e pagou as despesas do funeral.
“Os sete agentes devem aprender a lição e pagar pelo crime”, disse Jakkrit Klandi, pai da vítima.
Cinco dos outros seis agentes envolvidos no caso foram declarados culpados de assassinato e também condenados a prisão perpétua. Um sétimo foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão.
Os agentes têm um mês para recorrer da sentença.
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