A Justiça de Nova Iorque apreendeu cinco antiguidades egípcias do Museu Metropolitano de Arte (Met) numa investigação relacionada com o tráfico internacional de bens patrimoniais que implica um antigo director do Louvre de Paris.
Entre as antiguidades estão um retrato fúnebre de uma mulher datado entre os anos 54 e 68 a.C., com um valor avaliado em cerca de 1,2 milhões de dólares e retalhos de linho pintado com a representação do Livro do Êxodo, datado de entre 250 e 450 a. C. e avaliados em 1,6 milhões de dólares, de acordo com um documento judicial obtido pela Agência France Press.
O porta-voz do gabinete do Ministério Público de Manhattan afirmou que a apreensão está relacionada “com a mesma investigação” aberta em Paris, que acusa o antigo presidente e director do Louvre, Jean-Luc Martínez.
Segundo a The Art Newspaper, que revelou a informação, as peças foram adquiridas entre 2013 e 2015 pelo Met Museum de Nova Iorque.
Consultado nesta quinta-feira pela AFP, o museu reportou-se a uma nota anterior na qual afirmou ser “vítima de uma organização criminal internacional” e garantiu que estava disposto a “colaborar” com as autoridades.
Em 2019, o grande museu de Nova Iorque devolveu ao Egipto um sarcófago dourado que adquiriu em 2017, mas que tinha sido roubado em 2011. O Met precisou interromper uma exposição dedicada ao túmulo em homenagem à Nedjemankh, um sacerdote de Deus Heryshef, habitualmente apresentado com uma cabeça de carneiro.
A investigação lançada em Paris tenta esclarecer se, o Louvre de Abu Dabi adquiriu algumas das centenas de peças roubadas durante a denominada Primavera Árabe, que desencadeou revoltas massivas em vários países do Oriente Próximo e Médio em 2011.
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