Guerra na Ucrânia. Negociações prosseguem hoje por videoconferência

As negociações entre a Ucrânia e a Rússia vão prosseguir esta segunda-feira por videoconferência, informou o Kremlin neste domingo, um anúncio confirmado por Kiev.

O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, citado pela agência de notícias estatal TASS, negou que as negociações tenham ocorrido neste domingo e disse que serão retomadas a 14 de Março.

A informação foi confirmada por Mykhailo Podoliak, negociador e assessor do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky: “Na segunda-feira será celebrada uma sessão de negociações para fazer um resumo dos resultados preliminares” das conversações, escreveu no Twitter.

Horas antes, um negociador russo havia dito que as negociações entre as duas partes estavam a progredir positivamente: “Se compararmos a posição das duas delegações entre o início das negociações e agora, vemos um progresso significativo”, disse Leonid Slutski, membro da delegação russa que se reuniu recentemente com negociadores ucranianos na Bielorrússia.

“A minha expectativa pessoal é que esse progresso leve muito em breve a uma posição comum entre as duas delegações e à assinatura de documentos”, disse ele, de acordo com as agências de notícias russas.

As três rodadas anteriores de conversações entre a Rússia e a Ucrânia na Bielorrússia concentraram-se principalmente em questões humanitárias, como a abertura de corredores para civis.

Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, e o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, concluíram mais uma rodada de negociações na Turquia, mas sem anunciar grandes progressos. Os titulares da pasta da diplomacia de ambas as nações prometeram continuar a conversar.

Neste domingo, Podoliak tinha publicado no Twitter que Moscovo parou de dar “ultimatos” a Kiev e começou a “ouvir atentamente as nossas propostas”.

Além disso, enquanto Zelensky disse no sábado que Moscovo adoptou uma abordagem “fundamentalmente diferente” para as negociações, o seu homólogo, Vladimir Putin, afirmou na sexta-feira que tinha visto um “progresso positivo” nos diálogos.