
O dono e presidente da companhia aeroespacial SpaceX, o magnata Elon Musk, disse neste sábado que o serviço de banda larga por satélite Starlink oferecido pela sua companhia não vai bloquear os meios de comunicação russos.
“Alguns governos [não o da Ucrânia] pediram à Starlink que bloqueie as fontes de notícias russas. Não o faremos a menos que apontem um revólver contra a nossa cabeça”, afirmou o magnata no Twitter. “Lamento ser um absolutista da liberdade de expressão”, frisou.
Os meios de comunicação controlados pelo Estado russo têm sido criticados enquanto o Ocidente e os seus aliados procuram tomar medidas enérgicas contra as informações falsas ou difusas sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Esta semana, a União Europeia (UE) proibiu a difusão da emissora de televisão RT e da agência de notícias Sputnik, financiadas pelo Estado russo, nos 27 países do bloco, enquanto os gigantes das redes sociais com sede nos EUA, como o Twitter e o Facebook, tomaram medidas para bloquear a actividade dos meios vinculados ao governo russo.
O serviço do Starlink foi activado na Ucrânia na semana passada depois de o ministro de Transformação Digital de Kiev, Mykhailo Fedorov, ter pedido que Musk proporcionasse estações ao país dias depois da invasão russa, que tentaria isolar a Ucrânia do resto do mundo.
O serviço opera através de uma constelação de mais de 2000 satélites que têm como objectivo oferecer acesso à Onternet em todo o planeta.
O grupo de monitorização da internet NetBlocks informou que houve uma série de interrupções significativas no serviço de internet na Ucrânia desde que a invasão russa começou: “Alguns terminais da Starlink próximos das áreas de conflito estiveram congestionados durante várias horas seguidas”, disse Musk num outro tweet publicado neste sábado.
Desde que seu exército invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro, a Rússia realizou ataques contra diversas cidades do país, e as autoridades informam que centenas de civis morreram.
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