Decisão de invadir Ucrânia “foi difícil”, diz Vladimir Putin

Fotografia: Markus Spiske/Unsplash

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou este sábado que a decisão de realizar uma ofensiva militar contra a Ucrânia foi “difícil”.

“Disse isso no começo da operação e antes de que a decisão fosse tomada. Uma decisão difícil, sem qualquer dúvida”, disse Putin numa reunião com hospedeiras de companhias aéreas russas.

Putin também falou sobre o pedido do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para que a NATO declarasse uma zona de exclusão aérea sobre  o seu país, o que foi negado pela aliança militar: “Ouvimos por aí que é necessário estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o território da Ucrânia. É impossível fazer isso a partir do próprio território da Ucrânia, só pode ser feito a partir do território de alguns países vizinhos. Mas qualquer movimento nessa direcção será considerado por nós como participação no conflito armado por aquele país de cujo território são criadas as ameaças ao nosso país”, enfatizou.

Putin também mencionou as possíveis consequências da adesão da Ucrânia à NATO: “Estamos a começar a falar cada vez mais activamente sobre o facto de que a Ucrânia será aceite na NATO. Entendem ao que isso pode levar? Ou aonde ainda pode levar agora?”, perguntou o líder russo.

Putin repetiu alguns dos motivos que deu para a ofensiva contra a Ucrânia, como a defesa dos habitantes pró-russos da região de Donbass: “Ouçam, as pessoas em Donbass não são cães de rua. Entre 13 mil e 14 mil pessoas foram mortas ao longo dos anos. Mais de 500 crianças já foram mortas ou mutiladas. Mas o Ocidente optou por não perceber isso durante oito anos. Ouçam, oito anos”, disse Putin, referindo-se à guerra que começou em 2014 após a mudança de regime em Kiev e a anexação do território ucraniano da Crimeia pela Rússia.

 

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