O governo sul-coreano indultou a ex-presidente e antiga rival política Park Geun-hye, condenada a mais de 20 anos de prisão devido a práticas de corrupção, informou o ministro da Justiça, Park Beom-kye, na véspera de Natal.
A antiga presidente sul-coreana estava numa lista de pessoas beneficiadas por uma Amnistia especial e foi perdoada “numa perspectiva de unidade nacional”, disse Park Beom-kye em declarações à imprensa.
Filha do militar e antigo ditador Park Chung-hee, Park Geun-hye tornou-se a primeira mulher a liderar o país em 2013, apresentando-se ao eleitorado como a filha modelo da nação, incorruptível e independente.
Porém, menos de quatro anos depois de ter sido eeleita, no final de 2016, Park foi destituída do cargo pelo parlamento sul-coreano após um escândalo de corrupção que gerou fortes protestos nas ruas.
A antiga política de 69 anos cumpria pena de 20 anos de prisão por aceitar subornos e por abuso de poder e outros dois anos por violar a lei eleitoral.
O escândalo expôs as ligações obscuras entre as grandes empresas e a política na Coreia do Sul. Park e a sua amiga Choi Soon-sil foram acusadas de aceitar subornos de sociedades de grandes conglomerados, incluindo da gigante Samsung, em troca de tratamento preferencial.
A ira contra Park e seu partido conservador favoreceu a chegada ao poder do presidente Moon Jae-in, com posições mais esquerdistas.
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