Myanmar. Junta Militar decreta lei marcial na cidade de Mindat

Fotografia: Sergio Capuzzimati/Unsplash

A Junta Militar do Myanmar declarou a lei marcial numa cidade do Estado de Chin, culpando “terroristas armados” por ataques a instalações policiais e a um banco, noticiou a imprensa estatal na sexta-feira por entre o aumento dos combates entre os militares e rebeldes étnicos em áreas de fronteira.

Perante uma onda de oposição generalizada, a junta tem mostrado dificuldade para manter a ordem por entre os protestos diários que paralisam várias cidades e os combates em Estados fronteiriços desde que depôs a líder eleita Aung San Suu Kyi na sequência das eleições de Novembro último.

Os tumultos na cidade de Mindat na quarta e quinta-feira envolveram cerca de 100 pessoas que usaram armas caseiras para atacar uma delegacia de polícia e cerca de 50 que visaram o Banco Económico do Myanmar, relatou a estatal Agência de Notícias de Mianmar.

A agência ainda disse que as forças de segurança repeliram o ataque sem sofrer nenhuma baixa.

Um documento que declarou a imposição da lei marcial na cidade do Estado de Chin, que faz fronteira com a Índia, foi publicada no jornal estatal The Global New Light of Myanmar.

A agência Reuters não conseguiu confirmar de forma independente as informações avançadas pela imprensa estatal sobre a situação em Mindat.

Mas um documento publicado pela imprensa local nas redes sociais que se afirma ser de um governo rival anti-junta da área de Mindat disse que a declaração de lei marcial não tem validade e que os combates foram desencadeados porque o Exército não cumpriu a promessa de soltar sete civis detidos durante protestos recentes.

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